OUÇA MÚSICAS INSPIRADAS

22 de jul. de 2009

006 - Autoridade Espiritual

Introdução:
Esta mensagem visa dar uma visão clara e definitiva sobre a questão da autoridade. Em todos os tempos, essa questão, foi uma “brecha” para a ação de Satanás, no meio do povo de Deus, em Israel e na Igreja Cristã, e precisamos uma vez por todas fechar esta “brecha”.

A questão da autoridade é anterior a criação da humanidade, pois foi querer tocar na autoridade de Deus, que originou a queda de Lúcifer, sendo expulso com seus seguidores, porque almejou destronar a Deus, não querendo se submeter a Sua autoridade.

Os maiores problemas do mundo, consiste na quebra de autoridade. Deus mantém o ordem no mundo, através da autoridade, e ela existe para abençoar, defender e dirigir. O Livro de Apocalipse afirma, que o Anticristo se levantará com a bandeira do desrespeito, da irreverência e da ilegalidade. Ele basicamente se oporá a toda autoridade constituída por Deus, e por isso, o espírito do anticristo leva à rebelião.

O Apóstolo Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses, referindo-se ao espírito do anticristo, que ele chama de “homem de iniquidade”, o “filho da perdição”, afirma que ele se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus (II Ts 2.3, 4).

Um assunto tão importante como esse, merece a nossa atenção, e oramos para que o Espírito Santo de Deus, nos ilumine, pois esse entendimento é fundamental em nossa luta contra o diabo, seus demônios, e para nos edificarmos espiritualmente.

Princípio Básico da Autoridade:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas“ (Rm 13.1). Neste texto, encontramos o princípio básico dado por Deus, com respeito a relação do crente em Jesus Cristo e o Estado, que é a submissão as autoridades.

Submissão é “estar debaixo da missão de”. Debaixo da missão daquele que tem a autoridade, logo devemos estar debaixo da missão, que os nossos líderes tem para a Nação, para o Estado, para o Município, para a Igreja, etc. “Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda a boa obra, não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos dando provas de toda cortesia, para com todos os homens“ (Tt 3.1-2).

A admoestação de Paulo, é para todas as pessoas e de toda as idades (veja o texto Tt 2.1-10). Lembra-lhes, que devam sujeitarem-se aos que governam, às autoridades e que, entre outras coisas, não sejam altercadores, ou seja, “provocadores de polêmicas".

No Livro de Atos dos Apóstolos, encontramos a seguinte resposta de Paulo: “Não sabia, irmãos, que ele é sumo sacerdote, porque está escrito: não falarás mal de uma autoridade do teu povo” (AT 23. 5). É dever de cada servo do Senhor Jesus, sujeitar-se às autoridades constituídas, por amor a Cristo.
Deus, através de Moisés, deixou a seguinte recomendação com respeito a obediência aos líderes espirituais em Israel, que eram os sacerdotes: “O homem, pois, que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao sacerdote, que ali está para servir ao Senhor, teu Deus, nem ao juiz, esse morrerá; e eliminarás o mal de Israel, para que todo o povo o ouça, tema e jamais se ensoberbeça” (Dt 17. 12-13).

A primeira vista, o ordem de Deus é dura de mais, contudo o que Deus quer que seu povo aprenda, é que contra uma autoridade constituída por Ele, deve ser obedecida, pois fala com a autoridade de Deus, logo, se insurgir contra essa autoridade, é o mesmo que se insurgir contra Deus, daí, o castigo ser tão severo, e assim, os demais do povo aprenderiam a lição, e sendo assim não fariam como aquele que errou, e o mal seria abolido do meio do povo.

Observe este texto: “Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor; quer seja o rei, como soberano; quer às autoridades como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores, como para louvor dos que praticam o bem“ (I Pe 2. 13-14).

O princípio de uma vida exemplar, perante o mundo é a sujeição voluntária, por amor a Deus, e ao evangelho de Jesus, a todas as instituições de ordem social, civil e principalmente espiritual (eclesiástica), esta última, tratando-se da Igreja de Jesus. “Respondeu-lhe Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada“ (Jo 19.11). Duas lições preciosas aprendemos neste texto:
1. que o próprio Jesus Cristo, como homem, sujeitou-se às autoridades; e
2. que nenhuma autoridade existe, que não tenha a sua base diante da soberania de Deus.
“De modo que aquele, que se opõe a autoridade, resiste a ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação” (Rm 13. 2).

Deus castigará aquele, que se opõe a autoridade constituída por Ele. É pecado de rebelião, é espírito do anticristo, é maldição, na esfera espiritual, e, na esfera civil ainda está passivo de condenação civil.

Muitos são os textos bíblicos que fala sobre esse assunto. Observe mais este: “é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos, e reservar sob castigo, os injustos para o dia do juízo, especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores ..." (II Pe 2. 9-10). Deus mantém sob castigo aqueles “que menosprezam qualquer governo” (autoridade), isto é, não tem em conta, agem com pouco apreço, pouco ou nenhum respeito. O Apóstolo Pedro chama esses tais de atrevidos, arrogantes, pois mesmo sabendo da pena de castigo do Senhor, não tem nenhum temor em difamar autoridades superiores. Foi Deus que constituiu, é Deus quem julga e disciplina.

Deus constitui as autoridades para o nosso próprio bem. “Porque os magistrados não são para temor quando se faz o bem, e, sim, quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás o louvor dela“ (Rm 13: 3). A humanidade está corrompida, cheia de pecados, que caos seria se não houvesse as autoridades. Cada pessoa fazendo o que desejasse, sem ordem ... que caos seria, e até dentro da comunidade cristã, se não houvesse autoridade ... que caos seria.

“Então Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5. 29). O cristão deve estar debaixo das autoridades constituídas, porém se esta autoridade não estiver debaixo da autoridade de Deus, for contrária a Palavra de Deus, e determinar ao cristão, que execute ordens que contrariem a sua fé e a Palavra de Deus, então, neste caso, e somente neste, pode ser desobedecida. Deve-se obedecer a autoridade maior, que para o crente é a Palavra de Deus.
Sendo uma Autoridade Espiritual, o crente deve colocar o assunto diante da autoridade superior, e por último, diante de Deus, pois foi Ele quem colocou, logo só Ele pode mexer.
A oração é a arma mais eficaz neste caso (leia Tg 5. 16, 19, 20) e, deve ser usada poderosamente.

“Disse-lhes então Jesus: Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mc 12. 17). O limite da responsabilidade diante de uma autoridade, não pode ultrapassar a vontade de Deus, registrada na Bíblia. O que é da nação, estado, município, etc. é devido a eles, mas, o que é de Deus, daremos a Ele.

“ ... Samuel perguntou: Que fizeste ? Respondeu Saul: Vendo que o povo se ia espalhando daqui, e tu não vinhas nos dias aprazados, ... e, forçado pelas circunstancias ofereci holocausto, ... já agora não subsistirá o teu reino, o Senhor buscou para si um homem que lhe agrada ...“ (I Sm 13. 8-14). O líder, aquele que está com autoridade, deve ser extremamente obediente, pois se ele não o for, como poderão também obedece-lo? Saul perdeu sua autoridade como rei, quando deixou de obedecer a ordem de Deus. Ele foi consagrado para ser rei e não sacerdote. Quando Saul exerceu, sem autoridade o sacerdócio, foi castigado por Deus. Ele, de uma certa forma, quis “tomar” o lugar de Samuel, que era o sacerdote ungido de Deus.

“Arrependo-me de haver constituído rei a Saul; porquanto deixou de me seguir, e não executou as minhas palavras“ (I Sm 15. 11). “Porém Samuel disse: tem porventura o Senhor tanto prazer em holocausto e sacrifícios quanto em que se obedeça à Sua palavra? Eis que obedecer é melhor do que sacrificar, e o atender melhor do que a gordura dos carneiros. Porque rebelião é como o pecado de feitiçaria, e obstinação é como idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei“ (I Sm 15. 22-23).

Deus trata a desobediência com severidade, pois, como já vimos anteriormente, foi o primeiro pecado na terra, e nos céus, pois Lúcifer também desobedeceu. Deus requer, de todo aquele que tem autoridade, que Lhe seja obediente, para que o povo também o obedeça e lhe respeitem a autoridade. O texto é claro na afirmação de que, não adianta fazermos “nossos sacrifícios” e, nem oferecer “nossos holocaustos”, sem que sejamos obedientes, porque aquele que é desobediente, está em rebeldia, e quem está em rebeldia tornou-se igual àqueles que estão em pecado de feitiçaria.
Quantos líderes, estão combatendo o pecado de feitiçaria, idolatria, etc. e, aos olhos de Deus, estão no mesmo pecado, pois não aceitam e andam falando mal de uma autoridade constituída. Também fala de obstinação. O verbo obstinar, significa “manter-se na teima ou erro”, logo, os teimosos (aqueles de coração duro) e, aqueles que vivem no erro, mesmo sendo líderes importantes aos olhos dos homens, mas agindo assim, rejeitando a Palavra do Senhor, poderão também ser rejeitados pelo Senhor. Ele deu, Ele também pode tirar.

“Então disse Saul ao seu escudeiro: Arrancas tua espada, e atravessa-me com ela, para que porventura não venham estes incircuncisos , e me traspassem e escarneçam de mim. Porém o seu escudeiro não o quis porque temia muito; então Saul tomou da espada e se lançou sobre ela“ (I Sm 31. 4). O escudeiro de Saul, não quis, não cumpriu sua ordem para mata-lo. Diz o texto, que o escudeiro “temia muito” e isto devido o fato de que Saul, mesmo em pecado, mesmo dando a ordem, era um ungido do Senhor, era uma autoridade, e por isso estava debaixo da autoridade superior que é Deus. O escudeiro sabia que, não se podia tocar num ungido de Deus.
A questão de tocar num ungido de Deus, numa autoridade constituída por Deus, é coisa muito séria. Veja: Davi, já havia sido ungido por Samuel por ordem de Deus, para ser rei no lugar de Saul (I Sm 16. 13), e mesmo vendo os erros e pecados que Saul cometia, mesmo sendo perseguido por Saul, Davi não ousou tocar em Saul. Por que? Porque ele era ungido de Deus, uma autoridade do povo de Deus.

“disse aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, (referia-se a Saul), isto é, que eu estenda a mão contra ele, porque é ungido do Senhor, os teus próprios olhos viram hoje que o Senhor te pôs em minhas mãos nesta caverna, e alguns disseram que eu te matasse; porém a minha mão te poupou, porque disse: não estenderei a mão contra o meu senhor, pois é ungido de Deus“ (I Sm 24. 6, 10). Leia as seguintes passagens bíblica: I Sm 26: 10, 11, 16 e 23.

“Assim morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a que ele não guardara; ... por isso o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé“ (I Cr 10. 13, 14). Com Deus não se brinca. Deus, não precisa de ajuda, para punir seus escolhidos que, não estão mais fazendo a Sua vontade. Ele sabe como resolver. Aprenda a não tocar no ungido de Deus, numa autoridade. Deus está nos céus vendo tudo e sabe a hora certa e, até quando permite determinada coisa. Quem somos nós para tocar ou falar de um ungido do Senhor?

“Então eles pediram um rei, e Deus lhes deparou Saul, ... e isto pelo espaço de quarenta anos. E, tendo tirado a este, levantou-lhes o rei Davi, ...“ (At 13. 21, 22). Paulo citando este fato, ensina aos seus contemporâneos (e a todos nós), que quem põe e quem tira seus ungidos, suas autoridades, é o próprio Deus, e o faz segundo o Seu querer e segundo a Sua palavra.

Agora, observe este episódio do Antigo Testamento: “Serás expulso de entre os homens ... até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o Reino dos homens, e o dá a quem quer“ (Dn 4. 32). Deus é Senhor soberano, Senhor dos céus e da terra, tem o comando do reino dos homens, e o dá a quem quiser e tira, quando assim desejar. No v. 33 vemos que, de fato se cumpriu na vida do rei Nabucodonosor, o que Deus lhe falara.

O Perigo De Se Insurgir Contra Uma Autoridade Constituída Por Deus:

1 – Foi o pecado de Lúcifer querer ser igual a Deus. “... Assim diz o Senhor Deus: Visto que se eleva o teu coração, e dizes: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no coração dos mares; e não passas de homem e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus“ (Ez 28.2).

O grande perigo é o de querer ser, o que Deus não disse que seria, e com isso, querer usurpar a autoridade do outro; foi o que Lúcifer quis, em relação a Deus e, hoje ele fica incitando aos homens, a mesma atitude em relação aos seus líderes. No livro de Judas, o irmão de Jesus, lemos: “Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda“ (Jd 9). Como a atitude de Davi diante de Saul, aqui o Arcanjo Miguel, aplica o mesmo conceito: Não tocou em Lúcifer sem a autorização de Deus.

2 – Não se deve falar mal de uma autoridade. “Contra Deus não blasfemarás, nem amaldiçoarás o príncipe do seu povo“ (Ex 22.28).

No texto, príncipe significa autoridade do povo, logo, o que se afirma, é que uma autoridade, deve ser preservada de comentários maliciosos. Uma atitude, que tem sido corriqueira, no seio da Igreja de Jesus. Líderes falando mal dos colegas; membros falando mal de líderes e de outros membros; em fim, esse é um hábito, infelizmente, em nosso meio, para desgraça nossa e do crescimento do Reino de Deus. Uma artimanha de Satanás, no seio da Igreja, enganar-nos com essa atitude reprovável: a fofoca, o disse me disse, o mexerico.

3 – Deus não permite tocar nos seu ungidos e profetas. “Dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas “ (Sl 105. 15).

Como afirma Ap 1. 20, as sete estrelas que estão na mão direita de Jesus, são os sete anjos das sete igrejas, logo, sabemos que esses “anjos”, são os pastores, os ungidos para o ministério, e esses, estão sob o cuidado especial de Jesus, e, é muito temerário, alguém querer “tocar” em um deles.

4 – Castigos para quem toca numa autoridade constituída por Deus. “Partiram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher etíope, que tomara; E disseram: Por ventura não tem falado o Senhor somente por Moisés? Não tem falado também por nós? O Senhor o ouviu” (Nm 12.1,2).

Foi o desejo de ser igual a Deus que levou nossos primeiros pais, Adão e Eva, a queda. O pecado de Arão e Miriã foi o mesmo: nós somos iguais a Moisés, Deus também fala através de nós, podemos fazer o trabalho que ele faz, e não estamos no pecado como ele está (no caso da mulher etíope). Mas, note no final do versículo: “O Senhor o ouviu“. Quem vai tratar, quando uma pessoa se insurge contra uma autoridade, um ungido de Deus, é aquele que o constituiu, no caso Deus.
A “briga” não é nossa, é de Deus. Por isso cuidado. Diz a escritura: “Horrível coisa é cair nas mãos de Deus“. “Então o Senhor desceu na coluna da nuvem, chamou Arão e a Miriã, e eles se apresentaram. Então disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me faço conhecer, ou falo com ele em sonhos. Não é assim com meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente, e não por enigmas; pois ele vê a forma do Senhor: como, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés? E a ira do Senhor contra eles se ascendeu; e retirou-se. A nuvem afastou-se de sobre a tenda e eis que Miriã achou-se leprosa, branca como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa” (Nm 12. 5-7).

A ira de Deus, veio sobre Arão e Miriã, porque eles falaram mal de Moisés. Mas, não tinham eles “razão”, quando foram contra Moisés, por arranjar uma segunda mulher e ainda fora do povo de Deus, ignorando a Lei, e assim pecando? (v. 2) A razão diz que sim, mas muitos tem errado e pecado, trazendo a maldição e o castigo de Deus, quando usando a razão tocam num ungido de Deus. É Deus quem fala com ele, se revela a ele, logo, Deus tem como o tratar, não é problema nosso; já nos basta os nossos próprios problemas para tratarmos com Deus.
Podemos sim, tratando com Deus, colocarmos o assunto do Seu ungido na Sua presença, mas, orando a Deus sozinhos, e não na presença de outras pessoas, e deixarmos que Deus resolva.
Vejamos outro exemplo bíblico desse assunto: “Coré, filho de Jizar, filho de Coate, filho de Levi ... Levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinqüenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, eleitos por ela, varões de renome, e se ajuntaram contra Moisés e contra Arão, e lhes disseram: basta, pois que toda a Congregação é santa, cada um deles é santo, e o Senhor está no meio deles; por que, pois vos exaltais sobre a Congregação do Senhor?” (Nm 16. 1-3).

Coré, tomou consigo Datã e a Abirão (v.1) e se insurgiram contra a autoridade de Moisés e Arão, “com duzentos e cinqüentas príncipes da congregação”. A questão é, Coré queria o lugar de Arão - queria o sacerdócio. E com seus aliados, desejavam impor essa situação, pois, não lhes bastavam o serviço no santuário, isto porque eram levitas, e no caso dos príncipes o serviço no meio da congregação, isto porque os duzentos e cinqüenta eram príncipes – tinham o governo do povo.

“Acaso é para vós outros cousa de somenos que o Deus de Israel os separou da congregação de Israel, para vos fazer chegar a si, a fim de cumprirdes o serviço do tabernáculo do Senhor e estar perante a congregação para ministrar-lhe; E te fez chegar, Coré, e todos os irmãos, os filhos de Levi contigo e ainda procurais o sacerdócio? Pelo que tu e todo o teu grupo juntos estais contra o Senhor; e Arão, que é ele, para que murmureis contra ele ?” (Nm 16. 9-11).

A Palavra de Moisés é clara contra aqueles insubordinados: “pelo que tu e todo o teu grupo juntos estais contra o Senhor...”. Coré queria o lugar de Arão, mas quem ungiu a Arão foi o Senhor, que é a autoridade para faze-lo, logo, com essa atitude, Coré não estava se insurgindo contra Arão, e sim rebelando-se contra Deus. Está aí, o espírito do anticristo, o espírito de Satanás, agindo: rebelião contra uma autoridade constituída por Deus.
Voltemos ao texto. Observe a afirmação de Coré e seus seguidores: “toda a Congregação é santa, cada um deles é santo, e o Senhor está no meio deles”. O que eles estavam dizendo é que Arão não era especial para exercer o sacerdócio, logo ele também queria ser sacerdote. Na verdade ele estava certo, ao afirmar: a Congregação é santa; cada um deles era santo; e, o Senhor, está no meio deles; mas, esqueceu-se Coré, de que a pessoa que recebe uma autoridade de Deus, não a recebe por méritos próprios, e sim, pela graça e vontade de Deus.
É Deus quem chama; é Deus quem vocaciona; é Deus quem ungiu; logo, só Deus pode tirar.
Por causa dessa atitude, Coré e seus seguidores, receberam o castigo de Deus: a terra se abriu e os engoliu vivos, a todos, e morreram, e assim Deus acabou com esse mal em Israel (Nm 16. 30-33).
Mexer temerariamente na autoridade ungida de Deus, é expor-se à condenação d’Ele: “aquele que se opõe à autoridade, resiste a ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação” (Rm 13. 2).

Tocar na autoridade constituída por Deus, é tocar no próprio Deus, que é fogo consumidor e, como disse anteriormente, “horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10. 26-31).
Fico a me perguntar: Quantos já receberam o castigo de Deus, por tocarem em um ungido seu? Quantos já perderam sua vida espiritual, por falarem mal de uma autoridade do Senhor? Não sei, mas que Deus tenha misericórdia da Sua Igreja.
Poderíamos citar outros exemplos, mas creio que já fomos despertados, sobre esse assunto, contudo ainda quero referir-me um pouco mais. Veja o texto: “Em dia designado, Herodes, vestido de traje real, assentado no trono, dirigiu-lhes a palavra; e o povo exclamava: É voz de um deus e não de homem. No mesmo instante um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou” (At 12. 21-23).

Herodes foi morto por um anjo, por não ter dado glória a Deus, e recebido e concebido em seu coração, a palavra do povo que o chamava de deus. Ele se exaltou, se orgulhou e o Senhor não o poupou. Aquele que não atribui o que faz à glória de Deus, é como que se estivesse no lugar de Deus, tirando a autoridade de Deus, e, o Senhor derruba todo aquele que quer ser superior, pois Deus não dá a sua glória a ninguém.
Muitos servos de Deus, com o passar do tempo, e por ter feito grandes obras e ter adquirido certo prestigio na Igreja de Jesus, acabam se julgando mais do que são, entrando a vaidade, o orgulho, etc. em suas vidas e ministérios. Esses sentimentos, acabam roubando a Glória de Deus, e passam a querer para si esta glória, mesmo sem perceber, ou afirmando que não, contudo o Espírito Santo, que sonda mentes e corações está vendo. Cuidado, o castigo está a caminho, e quando não se perceber o Senhor castigará.
O entendimento correto, do que venha a ser verdadeiramente AUTORIDADE ESPIRITUAL é fundamental para a paz e o crescimento da Igreja de Cristo. Quem não se aperceber disso, seja um pastor, um líder ou simplesmente um membro da Igreja, certamente terá problemas em sua vida espiritual e no seu ministério, pois Deus, como vimos, não tolera a quebra da autoridade constituída. Ele constituiu, ele estará corrigindo ou retirando, se for o caso, no Seu devido tempo, ou será que alguém queira fazer o trabalho de Deus?
O princípio fundamental da autoridade, é ser fiel a quem o constituiu naquela autoridade, pois se você não sabe, ser submisso e estar debaixo de autoridade, como que o Senhor poderá lhe dar mais autoridade? Como que os demais servos vão lhe obedecer? A Igreja se move debaixo da autoridade espiritual, e sem ela, a Igreja não pode caminhar. Este princípio é fundamental para quem quer fazer a obra de Deus e ser bem realizado.
Que o Deus Pai, Filho e Espírito Santo, nos abençoe nesse entendimento, para que fortalecidos na Palavra, o diabo não nos atinja mais nesta área. Aleluia! Glória a Deus! Amém.

21 de jul. de 2009

005 - A Maneira de Agir de Deus

Como entender, a maneira de agir de Deus, sendo nós homens tão limitados, e Ele um ser ilimitado? Em todos os tempos, os homens sempre desejaram conhecer a maneira de Deus agir, na relação para com eles, e na relação, para com o mundo. Mesmo sem entender, pois somente naquilo em que o próprio Deus se quis revelar, é que nós poderemos entender a sua maneira de agir, os homens passaram “a revelar ou a profetizar” aquilo, que Deus não havia falado. Inúmeras foram às vezes, que Deus desautorizou essas “profecias”, mas mesmo assim, muitos ainda hoje, teimam em falar, que Deus disse, o que o Senhor não disse, e isso é muito perigoso.

Esses pretensiosos acabam trazendo uma grande confusão na mente e no coração de diversos irmãos, com revelações mentirosas, e até mesmo, no sentido teológico e bíblico, heréticas; pois, afirmam coisas que a própria Palavra não confirma como verdade bíblica. Muitos usando dessa prepotência de achar, que pode entender a forma de Deus agir em relação à situação de uma determinada pessoa, até dizem antecipadamente, o que vai acontecer, por outro lado, também se arvoram em dizer o que está acontecendo, como se pudessem saber, ou até mesmo, entender o que está passando como a vida da pessoa.
Falo isso, não porque não creio em revelação, mas da maneira que está ocorrendo atualmente na Igreja Evangélica, é um absurdo. Muitos agem, como os amigos de Jó, que ao vê-lo naquela situação difícil, julgaram-no como se ele estivesse em pecado diante de Deus. Esses pretensiosos, vendo as circunstâncias que alguém está vivendo, chegam a dizer, que a pessoa está ou não em pecado, e que isso ou aquilo que ela está passando é resultado disso ou daquilo. Julgam sem saber, e esquecem que, a nós, não cabe julgarmos ninguém, e que esse papel pertence somente ao único que é Senhor de tudo: Deus.
Por que estou pregando sobre isso? Porque certamente você, como eu, e muitos outros, já fomos ou estamos sendo alvos desses “agentes do diabo”. E talvez, muitos pararam em suas caminhadas, muitos desistiram de seus sonhos e projetos, por causas desses indivíduos, que são instrumentos do mal, para nos fazer desistir, parar ou recuar.
Somente Deus conhece o que se passa conosco, e a Sua maneira de agir, nem sempre é conforme o que gostaríamos que fosse, mas é segundo a Sua vontade. Leiamos o seguinte texto bíblico: “Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas” (Ec 11: 5).

O texto diz que como não sabemos “qual o caminho do vento”, da mesma forma não podemos ver ou conhecer a maneira de Deus agir. Isto significa, que o homem, não entende, ou seja, não consegue ver, pois só podemos sentir o vento, e ver o resultado por onde ele passou, porque o vento é invisível, e assim, só podemos sentir e não ver o vento. Neste caso, também, Deus sempre está agindo em todas as coisas, mas normalmente essa maneira de agir de Deus, não será visível aos nossos olhos, pois a maneira de Deus operar, está muito acima do nosso entendimento e raciocínio.
Muitas das vezes, pensamos que Deus não está agindo em nossa vida, por não O vermos operando, contudo sua ação é invisível aos nossos olhos, mas Ele não está ausente, Ele nunca nos abandona, e certamente, a sua ação é contínua e vai redundar em benefícios para a nossa vida. Podemos até estar imaginando o que Deus irá fazer, mas quase nunca sabemos como Ele vai fazer, e por não sabermos como está agindo, julgamos que Ele nos esqueceu. O que Deus deseja, é que nosso coração, repouse nas suas promessas, e mesmo não O vendo e não sabendo como Ele está agindo, possamos crer, que Deus está trabalhando a nosso favor, e assim estaremos também exercitando a nossa fé. Paulo assim se expressa: “andamos por fé e não por vista” (II Co 5. 7).
Quando vivemos pela fé, não baseamos a nossa vida e conduta, no que nossos olhos possam estar vendo, pois sabemos, que pela fé, o Senhor, cuida, protege, age, etc. em nós, e: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem, daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8. 28).

Em função disso, devemos depender inteiramente de Deus, e aprender que, o não vermos a maneira como Ele agirá, não é sinal de que Ele não está agindo, e sim, pela fé, como no caso do vento, conseguimos ver o resultado da Sua ação, em cada nova circunstância da nossa vida, e o resultado do benefício desse agir.
Observando o centurião de Cafarnaum, notamos que ele não se preocupou, com nenhuma evidencia visível da ação de Cristo. Pois disse: “manda com uma palavra e meu servo ficará curado”. Sua fé estava apoiada na palavra de Cristo, e isto só, já seria o suficiente. Ele, não se apoiou no que era visível, no que via, e sim, na sua fé em Cristo, e assim, cada um de nós também devemos fazer, com relação à ação de Deus. Devemos crer no que a Palavra de Deus nos diz, e assim viver, na certeza de que Deus está agindo a nosso favor. Veja: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem o vosso caminho, os meus caminhos, diz o Senhor”, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim é os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55. 8-9).

Quando julgamos, que Deus não está agindo em nosso favor, por não termos uma solução imediata, devemos considerar também que, o Senhor conhece o nosso futuro, coisa que nunca homem algum, e nem mesmo, o próprio diabo tem capacidade de conhecer, portanto, a ação de Deus, não está voltada somente ao já e ao agora, mas ela se estende para o futuro, e sempre priorizará o nosso melhor, sob uma visão global, mais abrangente do que jamais nossa mente poderia alcançar, pois, conhecendo o nosso futuro, Ele agirá de tal forma que nos proporcionará o melhor. Aleluia! Observe: “A glória de Deus é encobrir as coisas, mas a glória dos reis é esquadrinhá-las”(Pv 25. 2).
Este texto nos mostra, que temos a tendência de traçar nossos próprios planos para a maneira de Deus agir. É como se, inconscientemente, estivéssemos dizendo a Deus, como Ele deveria agir. Queremos tanto que Ele esteja agindo de uma determinada maneira, que, ao agir diferente do que esperávamos, não O conseguimos ver. Precisamos aprender a esperar pelo agir de Deus, sem nos prendermos a maneira de como Ele agirá.
O importante é, que seja dessa ou daquela maneira, Deus agirá segundo as promessas que Ele mesmo nos deixou, e sendo assim, certamente agirá, mesmo que nós não consigamos entender, mesmo que nós não consigamos ver, mas Ele está agindo para o nosso bem, pois assim Ele prometeu, assim Ele o fará. Por que? Porque “Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Nm 23. 19).
Nesse momento, certamente o seu Espírito abrirá os nossos olhos e veremos Ele agindo, e reconheceremos que Deus esteve conosco nas horas em que julgávamos, que estávamos sós. Ele sempre esteve agindo para o nosso bem estar.
Veja o exemplo disso na vida de Agar: "Levantou-se, pois, Abraão de madrugada, tomou um odre de água, pô-los às costas de Agar, deu-lhe o menino e a despediu. Ela saiu, andando errante pelo deserto de Berseba. Tendo acabado a água do odre... e, afastando-se, foi sentar-se defronte ... Porque dizia: Assim, não verei morrer o menino; e, sentando-se em frente dele, levantou a voz e chorou. Deus, porém, ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse:... Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. Ergue-te, levanta o rapaz, segure-o pela mão, porque eu farei dele um grande povo. Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água, e, indo a ele, encheu de água o odre, e deu de beber ao rapaz." (Gn 21. 14-19).

Agora veja, quando acabou a água do odre, e estando Agar no deserto, ela julgou, que seria o seu fim e também do menino. Como sair dessa situação? Ela estava vendo morrer, o que tinha de mais importante, que era seu único filho, sua esperança de dias melhores. Naquele momento, ela não conseguia enxergar, a maneira pela qual Deus poderia agir, mas, Ele estava agindo; e, ao invés dela buscar em Deus uma solução, pois o menino era Ismael, e havia uma promessa de Deus para ele, por ser também filho de Abraão, Agar se desesperou, e começou a chorar.
Saiba, caro irmão(ã), que mesmo sem entendermos, Deus está agindo a nosso favor, e não deixaria morrer no deserto, alguém que é alvo do seu amor e de seus propósitos. Se Deus permitiu, que a água do odre se acabasse naquele lugar, era porque Ele já havia providenciado a solução, mesmo que, como Agar, nossos olhos carnais não a enxerguem. Deus enviou o Seu Anjo, que lhe abriu os olhos, e ela pode ver um poço de água, que já estava bem junto a ela.
Precisamos, apenas, descansar e crer que o Senhor está também agindo, da mesma maneira conosco. Aleluia!
O agir de Deus é invisível, e está fora do alcance da nossa vista; e, quando vemos a sua ação, é porque Ele quer se revelar a nós, para nos confortar e nos estimular a continuar prosseguindo, pois nunca estaremos sós.
Lembre-se de Elias. Elias julgou estar sozinho e fugiu com medo de Jezabel. Deus não o havia desamparado, como ele pensava. Deus não havia se esquecido dele, como Elias julgava. Mas, Deus estava agindo com seu agir invisível. Contudo, quando Deus vai ao seu encontro, para trazê-lo de volta para a batalha, Deus se revela a Elias, e por fim, o diz, que ele não estava sozinho, pois o Senhor havia preservado sete mil, que também não haviam dobrado seus joelhos diante de Baal (Leia I Rs 19. 1-18).
Ele nunca nos abandona, e prometeu estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Não haverá um só dia em nossas vidas, que o Senhor não esteja ao nosso lado. Nosso problema consiste em tentarmos compreender como Deus age, ao invés de confiarmos na sua ação e que Ele está no controle.
Quero que você entenda, que nada pode fazer-lhe mal, sem que Deus o permita. Esse “fazer-lhe mal” é algo relativo e não absoluto, pois aquilo que muitas das vezes, achamos que é mal para nós, no final, depois de algum tempo, vemos que foi algo benéfico em nossa vida ou em nosso ministério. O próprio diabo está limitado em suas ações, pois também ele não entende, a maneira do agir de Deus, e quando ele pensa, que está nos fazendo mal, ele acaba trabalhando para Deus, pois certamente, essa sua ação nos trará benefícios espirituais, como também materiais.
Veja Jó, que depois recebeu duas vezes mais, o que ele tinha perdido. Para o nosso inimigo, o diabo, o agir de Deus também é invisível e incompreensível, pois Satanás também é limitado. Ele também é um ser criado, é uma criatura de Deus.
Veja mais um exemplo, do que estou lhe dizendo. No caso de Pedro, Jesus afirma: “que Satanás o reclamou para vos peneirar como trigo!”. Mas diz também: “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça” (Lc 22. 31-32 a). Jesus estava dizendo a Pedro, como já vimos anteriormente, que Ele havia permitido, que o diabo viesse sobre ele, mas que essa sua permissão, não queria dizer que Jesus estava lhe abandonando, pois Jesus afirma, que havia orado por ele, logo Jesus estava-o cobrindo espiritualmente, para que Pedro saísse dessa experiência, fortalecido: “quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lc 22. 32 b). Havia um propósito de Deus para Pedro, ao permitir, que Satanás o provasse, que ele se fortalecesse e fosse exemplo para seus irmãos na fé.
Esta foi uma permissão divina para uma ação satânica, este ocorrido foi parte da ação invisível de Deus, pois só Ele sabia, qual o resultado dessa ação, que seria para o bem de Pedro, e de todas aqueles, que posteriormente seriam fortalecidos pelo ministério de Pedro.
Concluindo, o que mais posso dizer, a não ser, reafirmar, que o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário, não é, e nunca será em vão. Cristo morreu por mim e por você, logo o nosso Senhor jamais vai desamparar, esquecer ou abandonar, qualquer um de seus filhos, mesmo que não entendamos, a Sua maneira de agir, precisamos é continuar sendo fiel ao Senhor, e nunca duvidar da Sua ação.
Quando não estivermos entendendo a Sua maravilhosa maneira de agir, ao invés de lamentarmos, angustiarmos, sofrermos, chorarmos, etc., que possamos busca-Lo com todo o nosso ser, e assim pedirmos discernimento espiritual para entendermos, sossegando o nosso coração, pois o nosso Pai Celeste, certamente estará agindo invisivelmente e nos dará o melhor. Que o Senhor aumente, a cada dia, a nossa fé. Aleluia! Amém!

004 - Abundante Graça

Introdução:

O tema em foco, desta palavra tem o seu contexto registrado, no relato da vida comunitária da Igreja Cristã Primitiva. E nela, destacamos alguns aspectos desta vida comunitária, que por causa deles gerou essa “Abundante Graça”.

Por exemplo:
a) “Da multidão dos que creram, era um o coração e a alma” (At 4.32 a), isto é, tinham os mesmos sentimentos, vontades e propósitos. Mesmo sendo pessoas diferentes, contudo, na comunhão da Igreja, por obra do Espírito Santo, eram “um”, tinham comunhão plena. Não havia partidarismo.

b) “Ninguém considerava exclusivamente sua nenhuma das coisas que possuíam; tudo, porém, lhes era comum” (v. 32b), isto queria dizer que, esses crentes, de fato, consideravam-se como verdadeiros irmãos, da mesma família. Onde todos usurfluiam de tudo para que todos pudessem ter suprido todas as suas necessidades. E, por fim:

c) O testemunho dos apóstolos a respeito da ressurreição de Jesus Cristo era acompanhado de “grande poder” (v. 33 a). Não era uma mensagem fria e sem vida, mas, esse “grande poder” era uma palavra com a autoridade do Espírito de Deus, falada em verdade e acompanhada de obras, como assim deve ser toda palavra que é pregada em nome de Jesus Cristo.

E, por causa disso ou em função destes três fatores “em todos eles havia abundante graça” (v. 33 b).

Então vejamos: TRÊS MARCAS DA ABUNDANTE GRAÇA

1) VERDADEIRO AMOR

A primeira marca dessa “abundante graça” é AMAR SEM ESPERAR NADA EM TROCA. É amar, mesmo sem ser amado.

É fácil amar quando somos amados. É fácil amar quem também nos ama. Mas, o verdadeiro amor é o amor sacrificial (ágape), que nos entregamos mesmo sem ganhar nada em troca.

Veja o texto: 1 João 3
11 A mensagem que vocês ouviram desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros.
12 Não sejamos como Caim, que pertencia ao Maligno e matou o próprio irmão. E por que o matou? Porque o que Caim fazia era mau, e o que o seu irmão fazia era bom.
13 Meus irmãos, não estranhem se as pessoas do mundo os odeiam.
14 Nós sabemos que já passamos da morte para a vida e sabemos isso porque amamos os nossos irmãos. Quem não ama está ainda morto.
15 Quem odeia o seu irmão é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem em si a vida eterna.
16 Sabemos o que é o amor por causa disto: Cristo deu a sua vida por nós. Por isso nós também devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos.
17 Se alguém é rico e vê o seu irmão passando necessidade, mas fecha o seu coração para essa pessoa, como pode afirmar que, de fato, ama a Deus?
18 Meus filhinhos, o nosso amor não deve ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro que se mostra por meio de ações.

Assim diz a Palavra de Deus, e assim devemos proceder.

2) PERDOAR SEM RESTRIÇÕES

A segunda marca dessa “abundante graça” é conceder PERDÃO SEM RESTRIÇÕES, SEM CLÁUSULAS, SEM OBRIGAÇÕES. É conceder perdão sem que o que errou, tenha que fazer alguma coisa ou dar algo em troca.

O maior benefício do perdão é para quem o concede, mais do que para quem recebe. Vejamos o seguinte texto bíblico: “Se pecar contra você sete vezes num dia e cada vez vier e disser: “Me arrependo”, então perdoe” (Lc 17:4).

Quando alguém diz que perdoou, mas ainda nutri sentimentos como ódio, rancor, ressentimento, ou não quer nem ver ou ouvir falar da pessoa que a magoou, essa pessoa ainda não perdoou. Ao perdoar sem restrições, gera em si bênção, saúde física, emocional e espiritual, isso porque expressa uma qualidade segundo o caráter de Deus.

O Apóstolo Paulo teve que ao longo de seu ministério, conceder perdão, daí também ser alhuém que vivia na abundante graça de Deus. Vejamos alguns textos: “Não de deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21). “Ninguém deve buscar os seus próprios interesses e sim os interesses dos outros” (I Co 10.24).

Observe dois ditados da sabedoria popular: “Aquele que não perdoa, queima a ponte que ele mesmo terá que atravessar para ser perdoado”. E: “Ultrajando teu inimigo, você se coloca abaixo dele; vingando-se de algo que alguém tenha lhe feito, você estará no mesmo nível dele; mas, ao perdoar a quem lhe fez algum mal, você estará acima dele”.

3) DAR O QUE ME É NECESSÁRIO

A terceira marca da “abundante graça” na vida de uma pessoa é a GENEROSIDADE EM DAR. NÃO dar o que tenho sobrando... NÃO dar o que não tenho mais necessidade... NÃO dar aquilo que não uso ou que está obsoleto... NÃO dar aquilo que não tem mais proveito.

MAS, dar até mesmo aquilo que ainda tenho necessidade ou me é ainda útil. É repartir com alguém para que eu e ele tenhamos igualmente. É entrega total.

O irmão de Jesus,Tiago afirma: Tiago 2
14 Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé se ela não vier acompanhada de ações? Será que essa fé pode salvá-lo?
15 Por exemplo, pode haver irmãos ou irmãs que precisam de roupa e que não têm nada para comer.
16 Se vocês não lhes dão o que eles precisam para viver, não adianta nada dizer: “Que Deus os abençoe! Vistam agasalhos e comam bem.
17 Portanto, a fé é assim: se não vier acompanhada de ações, é coisa morta.

Difícil para se fazer? É realmente difícil, mas essa é a diferença entre aquele que tem “abundante graça”, daquele que ainda não a tem. Foi assim que Jesus Cristo viveu e muitos de seus servos também vivem.

CONCLUSÃO:
Sigamos o que a Palavra de Deus nos recomenda em II Co 12: 9-10. Aquele que quer ter a “Abundante Graça” deve buscar a cada dia, viver como a Palavra de Deus recomenda e procurar ter comunhão com todos os irmãos. Amém.

20 de jul. de 2009

003 - Perdoando Para Ser Perdoado

Introdução:

A doutrina bíblica do perdão é uma das mais importantes da fé cristã. Tal é a sua importância, que o Senhor Jesus a incluiu na oração que ensinou aos seus discípulos, que intitulamos de “A Oração Dominical ou do Pai Nosso”: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (Mt 6. 9-13).

Note a importância do perdão: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (v.12). A oração em suma diz: “Pai perdoa-nos da mesma maneira, da mesma forma, do mesmo jeito, que nós perdoamos a quem nos ofendeu”. Se a pessoa não perdoa verdadeiramente, nem sei se posso usar esta expressão “verdadeiramente”, pois, se entende que, alguém que use da prerrogativa de conceder perdão, deve ser verdadeiro, mas... se a pessoa usar de falsidade ou de mentira ao oferecer o seu perdão a alguém, que a tenha feito algum tipo de mal, na realidade ela está fazendo um mal ainda maior a si mesma, pois certamente por não perdoar de fato, também não receberá perdão pelos seus erros diante de Deus.
O perdão é fruto da ação do Espírito Santo na pessoa. Uma pessoa não pode perdoar a outra perfeitamente, ou verdadeiramente, se não houver da parte do Espírito de Deus, uma ação direta no coração da que foi ofendida, esta ação é o único meio capaz de convencê-la a isentar de culpa ou a perdoar, quem a ofendeu. Logo, se a pessoa não permite a ação do Espírito, ela por si só, jamais vai conseguir perdoar verdadeiramente a quem a ofendeu.
É igualmente verdade, que o Espírito Santo, sendo o agente que leva a pessoa a perdoar, produz nela um convencimento de que não, deve nutrir ódio, rancor ou qualquer ressentimento de quem a ofendeu, e quando isso ocorre, certamente essa pessoa conseguiu verdadeiramente perdoar, e está apta, a receber também o perdão de Deus pelos seus erros.
É evidente para todo servo de Deus, que o princípio do perdão, funciona independentemente do arrependimento da pessoa que ofendeu, ou que fez o erro, haja vista ser uma ação unilateral, ou seja, o perdão tem que partir da pessoa ofendida, ainda mesmo que, o que ofendeu, não tenha tomado qualquer atitude no sentido de se arrepender do seu erro. O maior beneficiado é aquele que perdoa, independente de ter sido ele aquele, que mais sofreu o dano. Ao conceder perdão, isso gera em si bênção, saúde física e espiritual. Isso porque exprime uma qualidade, segundo o caráter do próprio Deus.
Devemos considerar o procedimento do Senhor Jesus, quando já pregado na cruz, referindo-se aos Seus próprios adversários e assassinos que d’Ele escarneciam, disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...” (Lc 23: 34) Da mesma forma, seguindo o exemplo deixado por Jesus, Estevão, quando estava sendo apedrejado, fitou os olhos ao céu e exclamou: “Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado!” (At 7: 60).
Em ambos os casos, Jesus e Estevão, não só perdoaram seus executores, mas os defenderam diante do Pai. Essa atitude só se encontra naqueles, que são controlados e dirigidos pelo Espírito Santo de Deus.
O perdão é uma característica na vida do servo de Deus, que mostra que, em Deus, o amor supera a justiça. Aqueles que tem o Espírito do Senhor demonstram, que ser servo de Deus é principalmente também ter a capacidade de perdoar. Um exemplo de perdão, que observamos no AT é exatamente do homem, que a Bíblia diz que “tinha um coração segundo o coração de Deus”: Davi (I Sm 13. 14). Em vários episódios da vida de Davi, vemos que uma das grandes virtudes deste grande rei era o perdão. Davi perdoou a Saul, apesar de todo o mal que este rei lhe fez, a ponto de se entristecer com a notícia de sua morte.
Mas tarde, providenciou para que o único descendente de Saul, Mefibosete, filho de Jonatas, fosse restituído de todos os bens que haviam pertencido a Saul (II Sm 9). Davi, também perdoou a Abner, chefe do exército de Saul, que havia colocado no trono a Isbosete, quando da morte de Saul, prejudicando-o, contudo Davi fez com ele a paz e lhe prometeu honras, que só não se concretizaram diante da traição de Joabe (II Sm 3. 19-21, 28). Davi, também perdoou ao próprio filho Absalão, apesar da traição de que foi vítima, a ponto de ter sido destronado pelo filho, tendo lamentado, de coração, a sua morte. Sendo Davi um homem segundo o coração de Deus, aprendemos que Deus é, por natureza, um Deus perdoador (II Sm 18. 5, 33). E mais, porque Davi perdoava aqueles que lhe faziam o mal, foi objeto, também, do perdão divino quando cometeu horrível pecado (II Sm 12: 13). Por isso, Davi tinha plena consciência, que era muito melhor cair na mão de Deus, do que na mão dos homens (cf. II Sm 24. 14).
Um outro exemplo de extremo perdão, que observamos ainda no AT foi o de José. Vendido pelos irmãos como escravo, sem nunca lhes ter feito qualquer mal, José sofreu muitos anos uma humilhação sem conta no Egito. Posteriormente, pela mão de Deus, foi alçada a condição de governador do Egito, e, mais, teve em suas mãos, os irmãos que tanto mal lhe haviam causado. No entanto, José era um homem que temia a Deus e que tinha, portanto, o espírito perdoador. Perdoou a seus irmãos, e ainda lhes deu, uma vida boa e de ótima qualidade no Egito.
Após a morte de Jacó, seus irmãos, temerosos de que a beneficência tinha sido resultada da reverência e do respeito da reverência e do respeito, para com o velho pai, temeram uma reação de José, mas, então, José lhes mostra que o que havia ocorrido tinha sido um verdadeiro perdão, que tinha em Deus a sua origem (Gn 50. 14-21). José não retribuiu o mal que os irmãos tinham praticado, mas, garantiu o sustento de toda a sua família até a sua morte. Observe a afirmação de José: “Não temais; acaso, estou em lugar de Deus? Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida. Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim os consolou e lhes falou ao coração”(Gn 50. 19-21).

Veja três aspectos desse perdão:

1) José deixa com Deus a maldade que seus irmãos lhe fizeram (v. 19);

2) José vê o propósito de Deus, transformando a maldade de seus irmãos em benção (v. 20 cf Gn 45. 5-8);

3) José perdoa e paga com o bem, toda a maldade que sofreu de seus irmãos (v.21).

Deus usa o mal, que Satanás tenta nos impor, para derrubar toda a ação do diabo. Satanás passa a ser um agente de Deus para nos abençoar, pois querendo nos fazer mal, ele acaba contribuindo para que cresçamos na fé e nos aproximemos ainda mais de Deus.

Veja o que o Apóstolo Paulo nos recomenda: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12. 21).

Quem tem o Espírito de Deus no coração, consegue perdoar, pois ele sabe que, maiores são os benefícios que Deus tem para ele, do que qualquer mal que alguém possa ter lhe feito, ou que ainda possa vir lhe fazer.
Há um ditado que diz: “ultrajando teu inimigo, tu te colocas abaixo dele; vingando uma injustiça que alguém tenha lhe feito, tu estarás no mesmo nível dele; mas, ao perdoar a quem te fez algum mal, tu estás acima dele”. E ainda outro: “Aquele que não perdoa, queima a ponte por onde ele mesmo terá que atravessar, para também ser perdoado” (Autores Desconhecidos).
O ensino bíblico sobre o perdão, é fundamental para a nossa vida e conduta, no entanto, creio, que é também o menos utilizado pelo povo de Deus. E isso, porque o inimigo de nossas almas, Satanás, sabe que sem perdoarmos, também não seremos perdoados. Não é possível que alguém se considere servo de Cristo, se não for capaz de perdoar o seu próximo.
Esse ensino é fundamental em nossa carreira cristã. No sermão do monte, Jesus ensina que, um requisito para que possamos servir a Deus, é estarmos em paz e comunhão com nossos irmãos. Nenhuma oferta pode ser apresentada a Deus, se tivermos alguma pendência com o nosso irmão (Mt 5. 24-26). Trata-se de uma exigência séria, e que nem sempre é observada pelos servos de Cristo. Deus não se agrada, nem aceita qualquer sacrifício, qualquer atitude de adoração ou de serviço, se um irmão tiver algo contra um outro. Será que temos atentado para esta verdade espiritual? Será que temos percebido, que algo que nos afasta da comunhão com Deus, é não estarmos em paz com os nossos irmãos?
Se formos até a um irmão, que nos tenha ofendido, e ele não aceitar a reconciliação, devemos tentar novamente, mediante a companhia de dois ou três outros irmãos. Caso não seja possível, ainda, a reconciliação, o assunto deve ser levado à Igreja. Só então, se não houver, mesmo assim, acordo, manda a Palavra que tratemos o irmão como gentio ou publicano, ou seja, estaremos desobrigados da reconciliação, passando esta pessoa a ser tratada como se não fosse irmão (Mt 18. 15-22). Deveremos, sempre, esgotar todas as alternativas de reconciliação. É este o sentido do ensino de Paulo quando diz: “quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12. 18).
Após o sermão do monte, Jesus voltou a ensinar sobre o perdão. Ao dar o ensino, sobre a necessidade de se esgotar, todas as tentativas de reconciliação junto ao irmão ofendido, Pedro perguntou ao Senhor quantas vezes deveríamos perdoar. Jesus afirmou que deveríamos perdoar “setenta vezes sete” (Mt 8. 21,22). Esta afirmação de Jesus, não deve ser interpretada literalmente. Pedro havia perguntado a Jesus, se sete perdões seriam suficientes, e Jesus lhe respondeu que não deveria ser sete, mas setenta vezes sete. Não estabeleceu Jesus, aqui, um limite de quatrocentos e noventa perdões para uma mesma pessoa, mas, com esta expressão, Jesus quis afirmar que o perdão deveria ser ilimitado, ou seja, não havia qualquer limite máximo para se perdoar alguém. Devemos perdoar sempre, assim como, também sempre Jesus nos perdoa, por mais faltosos que sejamos.
Jesus Cristo, quando nos deixou os ensinos sobre o perdão, não foi um mestre teórico, que ensinou o perdão e não o praticou, como sabemos, por exemplo, no caso de Maomé, que, apesar de ter falado sobre o perdão no Alcorão, e não cessado de chamar Deus de misericordioso e clemente, não perdoou, nem teve piedade alguma dos seus inimigos, em suas guerras vingativas contra os seus opositores. Bem ao contrário do profeta do Islamismo, Jesus Cristo, quando foi pregado na cruz, como vimos anteriormente, deu um sublime exemplo de que ensinava com autoridade, ou seja, de que não só falava, mas também que praticava o que falava, ao interceder por seus próprios algozes (Lc 23. 34).
Será que temos tido este mesmo comportamento? Não podemos dizer, que esse comportamento é exclusivo do Filho de Deus, pois a Bíblia diz, que obras maiores nós faríamos do que Jesus fez, e Estevão, como vimos, é uma demonstração viva, de que o verdadeiro servo de Deus, que tem o mesmo Espírito, deve, portanto, comporta-se da mesma maneira (At 7. 60).
A falta de perdão é uma característica dos ímpios, daqueles que não conhecem o amor do Pai e que não tem o Espírito Santo. Paulo fala que na sua partida, iriam se infiltrar na Igreja de Éfeso, no meio do povo de Deus, falsos crentes, falsos mestres e obreiros fraudulentos, qual joio no meio do trigo. Estes, disse Paulo, “não perdoarão ao rebanho” (At 20. 29).

Observe, a questão referente a um homem, que ao ser perdoado uma grande dívida, não perdoou seu conservo, que lhe devia um valor extremamente pequeno (Mt 18. 23-35). Nesta parábola, Jesus deixa bem claro, que este credor incompassivo foi entregue aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia (Mt 18. 34).
Este ensino bem comprova, que o homem que não perdoar o seu semelhante, não poderá alcançar o perdão do Senhor, porque, na realidade, não tem nele o amor de Deus, e nem está em comunhão com o Senhor: “Vós sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15. 14).
Ora, como poderemos dizer que estamos em comunhão com Deus, se não estivermos perdoando aos nossos semelhantes?
Na ceia do Senhor (I Co 11. 17-34), Paulo também enfatiza a necessidade de aqueles, que estarão participando, de estarem em paz e em comunhão com os outros irmãos, para que assim, pudéssemos testificar que somos verdadeiros membros da igreja do Senhor. No ato da ceia, dizemos, que estamos em comunhão uns com os outros, e se não tivermos perdoado verdadeiramente os nossos semelhantes, como poderemos dizer que estaremos participando dignamente do corpo e do sangue do Senhor?
Se, estamos caminhando segundo os propósitos de Deus, se estamos servindo retamente ao Senhor, não poderemos jamais deixar de perdoar aos que nos ofenderam. Participar da ceia do Senhor, sem ter perdoado ao semelhante, é o mesmo que estar participando indignadamente do corpo e do sangue do Senhor, é estar chamando para si fraqueza, doença, e até, morte espiritual (I Co 11. 29-30). Grande é essa responsabilidade, e somente pela graça e misericórdia de Deus, poderemos estar sendo considerados aptos.
Quando Deus concede perdão. Ele faz de um modo completo e definitivo: “Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim grande é a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Sl 103. 10-12). Deus, cobre os nossos pecados, para que eles não venham mais a tona: “bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo o pecado é coberto” (Sl 32. 1).
O testemunho do autor de Hebreus é importante, para entendermos que Deus esquece os nossos pecados: “Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei", e acrescenta: "Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e, das suas iniqüidades, para sempre” (Hb 10. 16-17).

Imagine, caro irmão, perdermos todos esses benefícios, por não perdoarmos as ofensas, que por ventura alguém tenha nos feito. Por maior ou mais humilhante, que possa ter sido para nós, não é em nada comparado ao que fazemos em relação a Deus e a Sua obra, e mesmo assim, o nosso Pai misericordioso nos perdoa e esquece de todo o mal, que fizemos. Por isso, perdoe completamente, não toque mais no assunto com a pessoa que o ofendeu, não toque mais no assunto com outras pessoas, e principalmente, não toque mais no assunto consigo mesmo.

Veja: "E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas" (Mc 11: 25-26).

O perdão é antes de tudo, um ato de obediência ao que o Senhor determinou (Lc 17. 3-10). Neste texto, diante da palavra de Jesus, os discípulos afirmaram: “Aumenta-nos a fé” (v.5). Para que possamos obedecer às palavras de Jesus, precisamos fazê-lo pela fé. As nossas consciências humanas, não conseguem entender, e agir como o Senhor recomenda, daí é uma questão de fé, não do que a natureza da carne quer que façamos, e sim, o que o Espírito quer que seja feito. Veja o que Jesus diz ainda: “Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer” (v.10).
Tiago afirma: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando” (Tg 4. 17). Logo, quando alguém se recusa a conceder perdão, está deixando de fazer o bem, e nisso está pecando, e certamente o Senhor estará detendo o Seu perdão, para com essa pessoa que não perdoa.
Além dessas informações, bíblicas referente ao perdão, quero colocar ainda, algumas informações científicas do benefício de se perdoar. Pesquisas e estudos vêm comprovando os benefícios, tanto mentais quanto físicos, do ato de perdoar. O Dr. Fred Luskin, autor do livro “O Poder do Perdão”, estudou o assunto há vários anos, e em suas pesquisas, comprova o poder e os benefícios do perdão. O que a ciência está descobrindo agora, a Palavra de Deus já nos ensina a milhares de anos, contudo, é bom sabermos, que o perdão traz vários benefícios tanto para a alma, como ao corpo e a mente, mas principalmente, como um ato importante para a saúde do espírito.
O perdão não é impossível, nem mesmo nos casos mais graves, como vem tentando comprovar o Dr. Luskin, doutor em aconselhamento clínico e psicologia da saúde pela Universidade de Stanford. No ano de 1999, ele criou um projeto na Universidade de Stanford para o perdão, tendo combinado em sua pesquisa dissertativa uma técnica psicoterapêutica, focando a emotividade racional, com alguns estudos sobre o impacto das emoções negativas, como raiva, magoa e ressentimento, no sistema cardíaco.
Suas técnicas foram aplicadas em várias experiências, sendo uma delas, com dois grupos de pessoas, que foram atingidas pelos conflitos entre protestantes e católicos na Irlanda: um grupo, de mães que tiveram seus filhos mortos; e outro, de homens e mulheres que perderam algum parente. O estudo mostrou, que o perdão pode promover uma melhora na saúde física, pois esse grupo de pessoas, apresentou uma diminuição significante em sintomas como dores no peito, na coluna, náuseas, dores de cabeça, insônia e perda de apetite e etc. Dr. Luskin descreve o perdão, como sendo uma forma de se atingir a calma e a paz, tanto com o outro quanto consigo mesmo. A terapia que ele propõe, encoraja as pessoas a terem maior responsabilidade, sobre suas emoções e ações, e a serem mais realistas sobre os desafios e quedas de suas vidas.
No seu livro, “O Poder do Perdão”, ele explica o processo de formação de uma mágoa, e demonstra como tal fato, possui um efeito paralisante na vida das pessoas, baseado suas afirmações, nas investigações e em suas pesquisas, principalmente em seu Projeto da Universidade de Stanford para o perdão.
Registro agora parte, do que o Dr. Luskin fala sobre o perdão, extraído da entrevista, que ele deu a Revista Sexto Sentido 50, pág. 20-24: O perdão reduz a agitação que leva a problemas físicos. Perdoar reduz o estresse que vem de pensar em algo doloroso, mas não pode ser mudado. Ele também limita a ruminação que leva a sentimento de impotência que reduzem a capacidade de alguém cuidar de si mesmo. O perdão é uma cura.
A diminuição da ira e de mágoa vem de se vivenciar o perdão. O perdão é a experiência interior de se recuperar a paz e o bem-estar. Pode acontecer de alguém perdoar um dia, e a raiva voltar depois, e isso é normal. Dessa forma, o perdão é um processo que deve ser praticado. Se você permanece falando ou pensando com rancor de alguém, então o perdão ainda não aconteceu.
O momento certo para se perdoar é logo depois do tempo necessário para vivenciar a perda. Às vezes, a pessoa foi realmente prejudicada. O perdão não elimina esse fato; apenas o torna menos importante. O perdão implica que se pode ficar em paz mesmo tendo sofrido um mal. Não podemos escapar de todos os males, faz a pessoa continuar intranqüila, porque o problema ainda persiste. O perdão reconhece o mal, mas permite que o prejudicado leve a vida em frente. O perdão pode conviver com a justiça e não impede que se faça as coisas justas ou adequadas. Você apenas não as faz de uma perspectiva rancorosa ou transtornada.
Muitas situações são complexas e não se pode simplesmente distinguir nelas uma pessoa boa e uma ruim, mas sim, duas pessoas que criaram juntas uma situação difícil. É bom lembrar que o perdão pode ser estendido à própria pessoa e que, ás vezes, o perdão implica em reconciliar um relacionamento, e outras vezes, em abrir mão desse relacionamento. A ausência de perdão causa estresse sempre que se pensa em alguém que nos feriu e com quem não fizemos as pazes. Isso prejudica o corpo e provoca emoções negativas.


OS NOVE PASSOS DO PERDÃO - Segundo o Dr. Fred Luskin

1. Saiba exatamente como você se sente sobre o que ocorreu e seja capaz de expressar o que há de errado na situação. Então, relate a sua experiência a umas duas pessoas de confiança.

2. Compromete-se consigo mesmo a fazer o que for preciso para se sentir melhor. O ato de perdoar é para você e ninguém mais. Ninguém mais precisa saber sua decisão.

3. Entenda seu objetivo. Perdoar não significa necessariamente reconciliar-se com a pessoa que o perturbou, nem se tornar cúmplice dela. O que você procura é paz.

4. Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça que o seu aborrecimento vem dos sentimentos negativos e desconforto físico de que você sofra agora, e não daquilo que o ofendeu ou agrediu dois minutos - ou dez anos - atrás.

5. No momento em que você se sentir aflito, pratique técnicas de controle de estresse para atenuar os mecanismo de seu corpo.

6. Desista de esperar, de outras pessoas ou de sua vida, coisa que elas não escolheram dar a você. Reconheça as “regras não cobráveis” que você tem para sua saúde ou para o comportamento seu e dos outros. Lembre a si mesmo que você pode esperar saúde, amizade e prosperidade e se esforçar para consegui-los. Porém você sofrerá se exigir, que essa coisa aconteçam quando você não tem o poder de fazê-las acontecer.

7. Coloque sua energia em tentar alcançar seus objetivos positivos por um meio que não seja através da experiência que o feriu. Em vez de reprisar mentalmente sua mágoa, procure outros caminhos para seus fins.

8. Lembre-se de que uma vida bem vivida é a sua melhor vingança. Em vez de se concentrar nas suas mágoas – o que daria poder sobre você à pessoa que o magoou – aprenda a busca o amor, a beleza e a bondade ao seu redor.

9. Modifique a sua história de ressentimento de forma que ela o lembre da escolha heróica que é perdoar. Passe de vítima a herói na história que você contar.

(Extraído de: O Poder do Perdão - Dr. Fred Luskin - W11 Editores e a entrevista da Revista Sexto Sentido 50).

Creio, que não há mais dúvidas dos benefícios espirituais, emocionais e físicos do perdão. Não é sem razão, que a palavra de Deus, tanto nos recomenda e orienta a usarmos da prática do perdão, a ponto de Deus afirmar que, se não perdoarmos, não seríamos também perdoados.
Cabe a cada um de nós, amados, utilizarmos esses ensinamentos, para que de fato possamos perdoar aos homens as suas ofensas. O maior beneficiado, somos nós mesmos quando perdoamos. O Profeta Isaias afirma que devemos nos voltar para Deus, “porque é rico em perdoar” (Is 55.7).

Significativa, também, é a oração de São Francisco de Assis:
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E, é morrendo que se vive para a vida eterna.
Amém!

Que essa riqueza de Deus, que é o perdão, esteja em nós, porque é perdoando que se é perdoado. Aleluia! Amém!

002 - O Que Fazer Quando Não Há Saída?

Introdução:

Vivemos hoje, certas situações, que, às vezes, ficamos sem saber o que fazer.
Ficamos algumas vezes encurralados, sem saídas, e quantos hoje estão vivendo em situações, que não há mais nada o que fazer, está totalmente sem saídas.
Veja no ensinamento bíblico o exemplo do povo de Israel, que logo após ter sido liberto do Egito, ainda a caminho da terra prometida, se viu encurralado pelos exércitos de Faraó, e aparentemente, também sem saídas.
Segundo alguns historiadores do antigo Testamento, eram aproximadamente mais de 3 milhões de pessoas que saíram do Egito, incluindo as crianças e mulheres.
Depois derrotou os deuses do Egito, enviando as dez pragas, e assim, Deus queria mostrar ao seu povo, a Israel, e também a Faraó e a todos os habitantes daquela região, quem de fato era o Deus dos deuses.
Observe:
1. Quando as águas se tornaram em sangue. A vida do Egito era o rio Nilo, com isso, Deus envergonha a OSÍRIS, o deus protetor do Nilo.
2. Praga das rãs – a rã era considerada imunda, tinha uma deusa chamada HEKA, e a imundície espalhou pelo Egito.
3. Praga dos Piolhos – os sacerdotes egípcios eram rigorosamente examinados, por que não podiam ser possuidores de um sequer piolho, seu deus GEB, nada pode fazer.
4. A Praga das moscas – para os egípcios as moscas os deixavam inquietos, Deus envergonhou o deus RÁ ou BELZEBU, que protegia as pessoas dos insetos.
5. Praga que atingiu com pestes aos animais - morreram muitos, envergonhou APÍS – representada pela cabeça de uma vaca - a deusa da fertilidade.
6. Praga das Ulceras - TIFOM era o deus que repelia, e não pode livrar os egípcios, e assim mais outra vez Deus fazendo valer seu poder.
7. Chuva de pedras – As lavouras foram devastadas e os egípcios perderam a plantação, a deusa SERÁPIS, deusa do céu não pode fazer nada.
8. Praga dos Gafanhotos - as arvores frutíferas foram devastadas, e SIRIS a deusa da colheita e fertilidade não pode fazer nada.
9. Trevas - As pessoas chegavam a trombar uma nas outras, e o deus URUS protetor do Sol, e RÁ deus da luz nada pode fazer.
10. Morte dos primogênitos – Foi a incapacidade total e a vergonha de todos o deuses egípcios.

Mesmo depois destes sinais ISRAEL ficou achando que não tinha saída, E VOCÊ está também sem saídas para esse novo ano que se inicia? (No casamento, no família, no emprego, nos negócios, nos estudos, nas finanças?).

Voltemos ao tema inicial: O Que Fazer Quando Não Há Saídas?

1 – Precisamos vencer o Medo e o Desespero

O Medo é algo inevitável na nossa vida. O adversário utiliza dessas armas (psicológicas), contra a nossa vida, para fazer com que duvidemos da ação de nosso Deus e para nos fazer parar em nossa trajetória.
Quando ele vem, vem com todo o seu arsenal seu armamento “bélico” possível (suas estratégias), nos intimidando fazendo com que você senta medo e fique em desespero.
Mas Deus não te abandonou ele está contigo, o Espírito Santo está ao seu lado e ele vai te dar forças para continuar.

2 – Precisamos confiar e ter certeza nesses momentos de dúvida

O Povo de Israel conhecia seu Deus, Deus tinha tirado com mão forte o seu povo do Egito, operou grandes sinais, as dez pragas, esperaram por 430 anos para a libertação, eles estavam sendo perseguidos, viam seus sonhos irem morrendo.
Clamaram ao Senhor, pois conheciam ao Deus que socorre (como mais tarde o salmista afirmou: “invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.” Sl 50.15), mas começaram a duvidar.
Quantos hoje também tem duvidado dos sinais de Deus na sua vida, e também duvidam que Deus não vai fazer alguma coisa.
Enquanto o povo murmurava e duvidava, o líder Moisés, por causa da comunhão que nutria com Deus, conhecia e tinha confiança no Senhor dos Exércitos, ele sabia que Deus iria fazer algo.
Foi Deus quem determinou que eles ficassem ali e se acampassem ali. Deus teria seus propósitos específicos ali, na vida do povo de Israel.
Deus tem os seus métodos e meios, o agir de Deus não é como o nosso, precisamos confiar e nunca duvidar da ação libertadora de Deus e afastar de nossa a mente a dúvida.
3 – Precisamos crer nas promessas de Deus
Mesmo quando, aparentemente, as coisas não estão dando certo, não podemos duvidar da Palavra de Deus.
Deus estava lá para livrá-los, como também está aqui para nos livrar de todo o mal.
Você precisa crer, realmente, nas promessas de Deus, para receber em sua vida a vitória que Ele lhe proporcionará neste novo ano e no decorrer de sua existência aqui nesta terra.
Nas lutas, nos problemas, nas angustias, nas dificuldades que possam aparecer na sua caminhada de fé, Deus está contigo e sempre vai estar.
Naquela situação do povo de Israel, era quase impossível que eles tivessem um livramento: Faraó com seu exército vindo por trás, de um lado montanhas e do outro lado um deserto escaldante, e fora isso, na frente o mar.
Seria impossível uma solução, mas para Deus tudo é possível, e segundo hoje conhecemos, a Palavra de Deus nos afirma: “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.” (Lucas 1.37) E ainda: “Mas ele respondeu: Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus.” (Lucas 18.27)
Deus move todas as coisas, os céus e a terra, tudo para que você possa saber que ele é Deus.
Precisamos apenas crer, confiar e não duvidar, e mais, nos aquietar: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” (Salmos 46.10-11)

Ficarmos quietos diante de Deus, pois operando Deus quem o impedirá? Amém! Aleluia!

001 - A Importância da Igreja na Família

Introdução:

Significado da Palavra Família - a palavra família vem do latim “família”, que significava “o conjunto dos escravos da casa; todas as pessoas ligadas a qualquer grande personalidade; casa de família”.
Com o passar dos anos, família passa a ter um significado mais particular, mais íntimo, onde significa os membros consangüíneos, ou seja, pessoas do mesmo sangue, ou um casal unido por uma aliança e sangue.
A Bíblia também se refere como família, a um grupo de pessoas que são “irmãos” na fé, onde Cristo é o “primogênito” entre os vários irmãos (Rm 8. 29).
Jesus Cristo sempre esteve envolvido com as famílias: na casa do chefe da sinagoga JESUS foi para ressuscitar uma jovem (Mt 9.23), JESUS inaugurou seu ministério em uma festa de casamento, valorizando a família (Jo 2.2), esteve na casa de Mateus (Mt 9.10), na casa da sogra de Pedro (Mc 1.30), na casa de Lázaro (Jo 11.20).
JESUS ensinou a seus discípulos visitarem os lares enviando-os de casa em casa (Mt 10.12), esteve também na casa de Simão, o leproso, foi perfumado (Mt 26.6), etc...
Sempre no ministério de JESUS, lá estava Ele em algum lar, trazendo a alegria da salvação e a bênção de sua companhia, pois um lar só pode ser considerado um lar cristão quando CRISTO está lá.
No Novo Testamento, a família e a Igreja, são quase sinônimas, pois quase que não havia diferença, pois lares era o local onde a Igreja se reunia: At 16. 15; 10.24; 16.30-34; 12. 12; etc.

1º) Na Formação Espiritual Da Família

Há uma grande importância da Igreja na vida das famílias, pois é nos lares que os ensinamentos de Cristo, que aprendemos na Igreja, são colocados em prática.
É nas famílias que a fé e os valores morais estabelecem suas raízes, para assim, trazer benefícios a todos ao seu redor.
A “FAMÍLIA CRISTÔ é formada por pessoas que estão dispostas a fazerem de seu lar, uma “Casa de Deus”, uma “Igreja local”, onde se ora, estuda e lê a Bíblia, onde se canta louvando ao Senhor, e isso, certamente, trará benefícios, será um lugar de paz, harmonia e da presença de Jesus.
A igreja deve influenciar cada família, onde nela, o marido representa Cristo, o cabeça do lar, assim como Cristo é a cabeça da Igreja, que a ama e dá a sua própria vida pela a Igreja para a santificar, assim também deve ser o marido em função da sua família (Ef 5. 25, 28).
Na Família Cristã, a esposa representa a “Noiva de Cristo”, representa a Igreja, submissa ao seu esposo, deve ser aquela que cuida do lar para que haja ali um ambiente de paz, onde todos os seus membros vivam em harmonia.
Através da Família Cristã, Deus desenvolve sua obra na terra. Os propósitos de Deus se cumprirão através da família, por isso uma família bem ajustada no evangelho, será sempre uma família que dá bom testemunho e será uma bênção para sua parentela, seus vizinhos, para a sociedade de um modo geral, e até mesmo para a Igreja.
A importância da Igreja na Família é influenciando a vida espiritual dessa família, de tal maneira que ela não somente esteja preparada para o encontro com Cristo, mas para que ela influencie todas as pessoas ao seu redor.
Sendo luz do mundo e sal da terra, assim a Família estará brilhando em meio às trevas e sendo exemplo de santidade e de temor a DEUS.
Outras famílias vêem em nós o amor de DEUS e sentem-se desejosos de partilhar também deste amor, e é através da união, felicidade, alegria que a família demonstra ser de CRISTO, para que as pessoas desejem fazer parte de nossa Igreja.
2º) Na Formação Moral e Social Da Família

A Igreja coopera, e muito, na formação moral e social das Famílias.
Através dos padrões bíblicos de comportamento, os membros da família são educados, desde crianças, a viverem respeitando o próximo, seguindo as leis de boa conduta, a respeitar as autoridades constituídas, a serem bons cidadãos, a cumprirem suas obrigações junto ao Estado e as pessoas, etc.
Quando a Igreja se preocupa com os membros da família, e os assiste, através de sua liderança, a igreja está participando de uma forma bem eficaz da formação moral e social dessa família.
A importância da Igreja na Formação Moral e Social da Família nos lares se dá:

a) Intercedendo pelas famílias nos lares – A Intercessão nos lares, traz bênçãos para toda a família, tornando-a equilibrada e arraigada na Palavra de Deus.

b) Aconselhando os membros da família – O aconselhamento pastoral evita muitos problemas entre os casais, entre pais e filhos, etc. No aconselhamento são detectados problemas de várias ordens e até funcionais dentro das famílias, e isso os levam a melhorar o convívio entre si e para com Deus.

c) Visitando as Famílias – A Igreja presente nos lares, através de seu pastor e de outros líderes, dando a devida orientação, fará com que a família seja forte espiritual, moral e socialmente.

Uma família equilibrada e bem orientada social, econômica, financeira, biblicamente e com os bons padrões sexuais, é uma família vitoriosa, que não traz problemas, e sim soluções para a Igreja e para a Sociedade.

3º) Na formação Evangelística da Família

Deus sempre teve um plano para as famílias. É a partir da Família que DEUS desenvolve sua obra na terra. Uma família bem envolvida com o evangelho será sempre uma bênção para todos ao seu redor, e estejam aonde for, serão porta vozes da verdade que é Cristo.
Foi a partir da família de Abraão que DEUS trouxe à terra seu filho, esta família tinha um sinal externo de sua missão, a circuncisão, que era o sinal da aliança com Deus.
Hoje, também, DEUS tem uma família na terra, DEUS tem uma aliança com essa família, que se identifica pela circuncisão interna do ESPÍRITO SANTO e por uma demonstração externa que é a pregação da Sua Palavra.
Também hoje, através da Família de Deus, o Senhor abençoa todas as famílias da terra: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:3).
Cada lar deve ser uma porta aberta para a pregação do evangelho, onde seus membros são diferenciados segundo o ministério que cada um exerce, um canta, outro prega, outro ensina, outro ora, outro toca um instrumento, enfim, cada um deve contribuir para que esta “Igreja” no lar se desenvolva como uma verdadeira Igreja, sendo bênção para a sociedade e para a Igreja onde a família se alimenta espiritualmente.
A palavra "Lar" vem do Latim "Lare" que significa lareira, local de fogo e calor, assim o lar é local da presença de DEUS que irradia amor, paz e segurança.
A consciência de que cada lar pode ser uma Igreja, pode trazer imensos benefícios, tanto à Igreja como à sociedade, pois assim, a família estará sendo fortificada em DEUS pela oração e estudo da Palavra, e ao mesmo tempo, estará evangelizando seus vizinhos e seus parentes.

CONCLUSÃO:

Se a Igreja tem uma grande importância na Família, como vimos, por outro lado, a Família também tem uma grande importância para a Igreja.
É com o sustento dado pela família, que contribui unida, que a Igreja consegue finanças para o evangelismo, para a missão, para o sustento dos pastores e a obra de assistência social da Igreja.
A Família é importante na Igreja como elemento de agregação, onde nela todos são iguais sem cor, sem situação social ou intelectual, mas ligados pelo amor de Cristo. Amém.