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7 de set. de 2009

13 - Trabalhando e Frutificando

Vejamos o texto de 1 Coríntios.10: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que falem todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.”

Observando o tema e o texto proposto, podemos notar, que há um grande desejo de todos nós para que essa realidade esteja presente na vida de toda Igreja.

Espera-se que, todo trabalho, venha a frutificar; e, para que isso ocorra algumas atitudes devemos ter. E são essas atitudes, que o texto citado nos apresenta: 1. Falar todos a mesma coisa; e 2. Que não haja divisões entre o povo de Deus.

Sendo assim, e por causa disso, devem ser “inteiramente unidos”. De que forma? “na mesma disposição mental e no mesmo parecer”.

O que o Apóstolo Paulo está rogando, pelo nome de Jesus Cristo, isto é, pela autoridade de Cristo, que é o Senhor e Cabeça da Igreja, é que todos aqueles, que são de Cristo, devem viver em TOTAL UNIDADE de espírito, de propósitos e de ações.

Essa unidade de espírito, propósitos e ações, só será obtida quando: a) permitirmos a ação do Espírito Santo; b) quando ouvirmos, entendermos e praticarmos o que Deus está falando em nosso meio; e c) quando nos colocarmos na disposição de “Corpo de Cristo”, isto é, em unidade como membros e sujeito ao “Cabeça”, que é Cristo.

O salmo 133, nos apresenta essa relação de UNIDADE, quando nos diz: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmão! (V. 1)”. O que o Espírito Santo quer dizer é que “enquanto estão vivendo em união os irmãos, enquanto os irmãos habitam juntos em harmonia, enquanto os irmãos tem os mesmos propósitos e interesses”, essa unidade produzirá algo bom e agradável a todos, sem distinção.

Mostra ainda que, não é preciso que todos sejam iguais, mas sim, que todos possam ter a mesma visão, os mesmos propósitos e que os interesses sejam únicos. Daí, ou por causa disso, essa UNIDADE “é como o óleo precioso sobre a cabeça, a qual desce para a barba, a barba de Arão e desce para a gola de suas vestes” (V. 2).

Essa UNIDADE era como a unção de Deus na vida dos sacerdotes, que ao recebê-la, desempenhavam bem suas funções na ligação do povo à Deus.

Também, era como “o orvalho do Hermom”, que sendo um alto monte ao norte de Israel, onde nele se acumulavam grandes quantidades de neve, recebido pela providência de Deus; da mesma forma... o pequeno monte Sião, mais ao Sul, também recebia os mesmos cuidados de Deus, o Pai.

Logo, “Ali”, ou seja, nesse ambiente de paz e harmonia, “ordena o Senhor à Sua bênção e a vida para sempre” (V. 3). Por isso, amados, “é bom e agradável à unidade entre o povo de Deus”.

Como trabalhar frutificando para Cristo?

1. Vivendo em Paz com os irmãos

A unidade do povo de Deus produz PAZ, no seio da Igreja. Paz com Deus, paz com o próximo, paz consigo mesmo, porque Deus se agrada dessa unidade, pois Ele sabe que “todo reino dividido não subsistirá”: “Então. lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver. Mas os fariseus, ouvindo isso, murmuravam: este não expele os demônios senão pelo poder de Belzebu, o maioral dos demônios, Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: “Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma, não subsistirá” (Mt 12: 22, 24-25).

Quando um grupo, uma Igreja, uma família, etc. vive em divisão, isto é, tem duas visões, esse grupo não pode subsistir, acabará se enfraquecendo e não produzirá. Daí deve buscar a paz, pois a paz é um elemento de aglutinação e união.

Veja o texto: Rm 14. 17 – “Porque o reino de Deus, não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. E continua (versos 18-19): “Aquele que desse modo serve (trabalha) a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros”.E isso, para que não venhamos a julgar aos irmãos” (V. 10, 13).

A unidade produz paz, e, vivendo em paz, passamos a entender ao nosso irmão, e entendendo-o, passamos a amá-lo, daí “quando depender de vós tende paz com todos os homens” (Rm 12. 18).

2. Buscando o Progresso e Bem Estar do Grupo

A unidade produz progresso e bem estar na vida da comunidade. Veja a história de um médico no Sanatório: Perguntaram a um médico que sozinho trabalhava e andava no meio de vários loucos. – O senhor não tem medo, de que esses loucos lhe façam algum mal? – Não, respondeu o médico, porque loucos e lunáticos não se unem, são totalemte desunidos. Só os loucos não se unem, não conseguem fazer nada em grupo, em unidade.

Veja o valor da unidade em Ec 4. 9-12: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu salário. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se arrebenta com facilidade”.

Precisamos aprender a viver em UNIDADE, para que tenhamos progresso e bem estar. Sozinhos não chegaremos a lugar nenhum. Nossas diferenças, nas mãos do Espírito, se completam e só assim, teremos vitórias.

Veja o texto de Jz 20. 11 – “Assim, se ajuntaram contra esta cidade; todos os homens de Israel, unidos como um só homem”.

3. Visando o Crescimento da Igreja

O alicerce e a continuidade da UNIDADE entre os irmãos na Igreja, se fundamenta em Jesus Cristo. Jesus é o único pastor de um só rebanho.

Veja Jo 10. 14-16: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim. Assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.

Paulo afirma esse fato, quando diz que temos uma só cabeça (que é Cristo) e um só corpo (que é a Igreja). Logo, os membros desse corpo se vinculam e são dependentes uns dos outros (I Co 12. 12-20), visando a UNIDADE. Veja o verso 25: “para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros.”

Vejamos alguns ensinamentos bíblico:

“Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6: 2).

“completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp 2: 2-3).

“Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 15: 5-6).

Será que é fácil ter unidade? Não. Não é fácil, mas tem-se que buscá-la com toda a nossa força.

O valor da UNIDADE: “ Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus” (Mt 18: 19).

Observe a história do velho moribundo, seus filhos e os gravetos. Perguntou um velho moribundo, em cima do leite em que estava: - Qual de vocês seria capaz de quebrar estes gravetos?

Mesmo sem entender o propósito disso, um de seus filhos pegou o feixe de gravetos, dobrou, fez força e nada conseguiu. Um outro, que se considerava mais forte, também pegou, dobrou, fez muita força e nada. Também não conseguiu.

Passaram todos os filhos, e nenhum deles conseguiu quebrar os gravetos. Uns gravetos começaram a desfiar, entortaram, mas quebra-los, não conseguiram.

Então seus filhos lhe perguntaram: - Pai, por que, o senhor queria que quebrássemos estes gravetos?

Ele respondeu: - Não, meus filhos, quero apenas, no fim de minha vida ensina-los, quem sabe, a lição mais importante para vocês.

O velho moribundo desatou o feixe de gravetos, e um a um foi quebrando, cada um deles, e lhes disse: - Se vocês estiverem desunidos, separados uns dos outros, vocês não poderão resistir a ninguém, e até mesmo, alguém como eu, irá quebrá-los como fiz com esses gravetos, e vão prevalecer sobre vocês; mas, por outro lado, se vocês estiverem unidos uns aos outros, como estes gravetos foram unidos, ninguém, também poderá destrui-los.

E continuou: - A nossa união é que nos fez vitoriosos, mas agora quando eu parti, vocês devem continuar unidos como esses gravetos. Amarrados uns aos outros pelo amor e pelo sangue.

Nosso trabalho só terá recompensa e frutificaremos, quando deixando de lado tudo que é da carne, e passarmos viver pelo Espírito.

Concluo dizendo: Fujamos das obras da carne, pois elas acabam com a UNIDADE do Corpo de Cristo. “Ora, as obras da carne são conhecidas e são:... ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas ... e cousas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já outrora vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gl 5.19-21).

Sigamos a Palavra de Deus e nosso trabalho frutificará. “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica; e que em nada estais intimidados pelos adversários” (Fp 1. 27-28).

Que, a cada dia possamos viver em Unidade, sem divisões, falando as mesmas coisas, para que assim, possamos cumprir a vontade de Deus. Amém? Aleluia!

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